Sexo anal pode prejudicar minha saúde?

Mais uma vez iremos esclarecer algumas dúvidas sobre o sexo anal, muitas pessoas ainda tem medo de experimentar um novo modo de prazer, o sexo anal pode sim trazer muito prazer aos praticantes pois na região anal tem muitas exterminações nervosas que dão uma sensação de prazer extraordinária.

 

Se para alguns o sexo anal é uma forma de apimentar a relação, outros nem cogitam a possibilidade de fazê-lo, seja porque não gostam ou porque acreditam que é perigoso, sujo, faz mal ou simplesmente porque dói.

Mas, segundo a sexóloga Lívia Leite, os muitos tabus que cercam esse tipo de sexo o tornam um prato cheio para inverdades. “O sexo anal pode ser uma variação sexual muito prazerosa, já que o ânus possui uma quantidade enorme de terminações nervosas”, revela a especialista.

Só que, assim como qualquer outra prática íntima, o sexo anal “requer certos cuidados com a saúde, preparo psicológico, respeito e delicadeza. De maneira geral, não costuma trazer complicações – desde que seja consensual”, conclui.

 

Dúvidas comuns sobre sexo anal

 

Posso sofrer lesões ou ferimentos na região?

 

Só há riscos de ocorrer lesões e ferimentos na região anal se quem for penetrar não respeitar os limites da outra pessoa ou não fizer o uso correto de lubrificantes, que são indispensáveis.

Se quem estiver sendo penetrado sentir qualquer tipo de dor, é importante interromper a prática. “A pessoa precisa realmente estar disposta, relaxada e muito excitada”, lembra a especialista.

 

Faz mal ou não faz?

 

Segundo a especialista, se realizado de forma segura, o sexo anal não faz mal. Os riscos associados com a prática são os mesmos do sexo vaginal: infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que podem ser transmitidas se não houver uso de preservativos.

É importante levar em conta que os riscos de transmissão das ISTs pelo sexo anal são maiores que os da relação vaginal e oral, portanto o uso de camisinha é extremamente necessário para que as chances de contrair qualquer infecção sejam reduzidas a quase zero.

 

Pode alternar sexo anal e vaginal?

 

Fazer sexo anal e depois vaginal sem trocar a camisinha pode levar à contaminação cruzada (transferência de micro-organismos de um material contaminado para outro) e a mulher pode desenvolver vaginite ou infecção urinária.

 

Há contraindicações para o sexo anal?

 

Para a sexóloga Lívia, se não houver nenhum problema pré-existente no ânus ou reto, não há nenhuma contraindicação para o sexo anal.

É importante também que a pessoa que vá ser penetrada deseje e esteja disposta a para o ato. “Caso contrário, se for só para agradar o outro, não faça”, aconselha ela.

 

Como fica a higiene?

 

Quanto à higiene, a especialista explica que água e sabão durante o banho são suficientes. Algumas pessoas ficam com medo da possibilidade de sair um pouco de fezes durante o sexo anal e preferem realizar a lavagem interna – popularmente conhecida como, que é realizada com enema ou ducha íntima.

Entretanto, esse procedimento não é o mais indicado. “Embora a chuca seja comum entre as pessoas que costumam fazer sexo anal com frequência, ela não é aconselhável”, alerta a especialista.

“Isso porque a lavagem retira parte da nossa microbiota natural, isto é, micro-organismos do nosso próprio corpo que atuam como agentes protetores contra micro-organismos malignos”, explica. “Evacuar e lavar bem o local antes de realizar o sexo anal é suficiente. Se sujar, é só trocar a camisinha”.

 

E a lubrificação?

 

Outra questão é que o ânus não tem lubrificação natural como a vagina, portanto, o uso do lubrificante é de fato muito importante. “Passe uma quantidade abundante de lubrificante tanto no ânus quanto no pênis (depois que colocar a camisinha)”, aconselha a sexóloga.

Os mais indicados são os lubrificantes à base de água, mas estes são absorvidos rapidamente pelo nosso organismo, então não pense duas vezes em reaplicá-lo várias vezes durante o ato sexual, se necessário.

Existem ainda lubrificantes à base de silicone que não são absorvidos tão rapidamente. Eles deslizam muito mais facilmente e podem ser usados com preservativos também.

 

Cuspe pode?

 

A sexóloga diz que não. “A saliva não lubrifica adequadamente e somente o seu uso pode causar micro-cortes que, sem o tratamento e a higiene corretos, podem acabar infeccionando”, alerta ela.

E vale também ressaltar: é essencial usar sempre camisinha para evitar as infecções sexualmente transmissíveis.

 

 

mitos do sexo anal

 

 

Por ainda ser um assunto muito tabu na sociedade, o sexo anal levanta muitas dúvidas e crenças que nem sempre são corretas. Se feito com cuidado e com consenso, é saudável e faz bem para o corpo e para a mente. Confira abaixo alguns dos principais mitos do sexo anal:

 

 

Sexo anal engravida

 

Não é verdade. Apesar de parecer muito óbvio para algumas pessoas, o ânus e o reto têm nenhuma ligação com o aparelho reprodutor. Assim, não é possível que um espermatozoide se desloque de lá para a região onde pode encontrar e fecundar um óvulo.

 

Alarga o ânus

 

Outro mito. Nem a frequência das relações anais e nem o tamanho do pênis, dedo ou objeto colocado pode causar o alargamento do ânus. “Ao contrário, por ser músculo, quanto mais exercita, mais forte o ânus fica”, aponta Lívia.

Claro que deve haver bom senso. “Se a pessoa nunca praticou sexo anal, não vai conseguir introduzir nada muito grande, porque aí sim vai doer e provocar ferimentos”, alerta ela.

 

Dói muito

 

“Se estiver doendo, é porque algo não está certo”, explica a sexóloga. Ou a pessoa não está completamente relaxada ou falta lubrificante. “Para relaxar, é importante caprichar nas preliminares até ficar muito excitado(a). Fazendo com delicadeza e cuidado, sexo anal não dói”, indica.

 

Não dá prazer

 

É possível que as duas pessoas sintam prazer com sexo anal. Como falamos acima, o ânus também tem terminações nervosas que são estimuladas com a prática deste tipo de relação.

Por isso, segundo Lívia Leite, procurar uma posição confortável em que a pessoa penetrada tenha liberdade de movimento faz muita diferença. “Ela tem o controle das ações e isso contribui para diminuir a ansiedade e a sensação de vulnerabilidade. Consequentemente, a pessoa fica mais relaxada e não sente dor”, orienta a especialista.